Após quatro pregões seguidos de baixa, o dólar comercial encerrou a sessão desta sexta-feira vendido a R$ 2,16, uma alta de 2,56%, acumulando valorização de 13,33% em outubro. No ano, a cotação já subiu 21,55%.

A atuação do Banco Central no mercado de câmbio não foi suficiente para conter a valorização da moeda. A instituição realizou hoje um novo leilão de swap com oferta total de US$ 1,4 bilhão.

Nessa operação, o BC põe à venda na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F) um papel que vale dólar e troca por variação dos juros. Por exemplo, o BC entra no mercado e faz um contrato fixando um preço para o dólar no futuro e se compromete, nessa data, a vender a moeda por esse valor, assim como o comprador se compromete a comprar.

Nesta sexta-feira, os investidores repercutiram dados econômicos que foram divulgados nos Estados Unidos e o desempenho do preço das commodities no mercado internacional, que segue em queda.

Por conta da crise financeira mundial, a Vale anunciou que vai reduzir a produção de minério de ferro em volume equivalente a 30 milhões de toneladas métricas anuais.

O Departamento de Comércio dos Estados Unidos informou que a renda dos consumidores americanos aumentou 0,2% em setembro em relação a agosto, quando a alta foi de 0,4% segundo dados revisados.

O gasto da sociedade nos EUA, que representa mais de 70% do Produto Interno Bruto (PIB) local, caiu 0,3% em setembro, a maior redução em quatro anos, de acordo com o Departamento de Comércio americano.

A confiança do consumidor norte-americano caiu com força em outubro comparado ao mês anterior, segundo cálculos divulgados hoje pela Universidade de Michigan. O índice mensal ficou em 57,6 pontos, comparado aos 70,3 pontos do mês anterior.

O Banco do Japão (BOJ, banco central japonês) em cortar as taxas de juros pela primeira vez em mais de sete anos, de 0,5% para 0,3%.

Desta forma, o órgão se soma aos cortes de juros estipulados recentemente por entidades emissoras como o Federal Reserve (Fed, banco central americano) e o Banco Central Europeu (BCE), algo a que havia resistido até agora.

Com o enfraquecimento da demanda interna, a economia espanhola retrocedeu 0,2% no terceiro trimestre deste ano com relação ao trimestre anterior, a primeira queda registrada nos últimos 15 anos, segundo informações do Banco da Espanha.

A montadora japonesa Nissan anunciou nesta sexta-feira que vai fechar 3.500 postos de trabalho em fábricas da Espanha, Japão e Estados Unidos, ao apresentar resultados semestrais inferiores ao que estava previsto. Junto com as demissões, a empresa divulgou uma queda de 40,5% no lucro líquido no primeiro semestre de 2008-2009.

Mercados
O índice de ações da Ásia teve mais um dia de queda nesta sexta-feira, encerrando o pior mês já registrado na história.

Ainda assim, algumas Bolsas de Valores conseguiram fechar a semana mantendo parte dos ganhos registrados nos últimos dias, por conta de um certo otimismo em relação a novos cortes de juros que podem ajudar a economia global se recuperar.

O índice de Tóquio caiu 5,01%, mas a Bolsa de Seul teve alta de 2,61% e a Bolsa de Taiwan avançou 3,99%.

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